quinta-feira, 6 de março de 2014

Controle sua tensão emocional

A tranquilidade mental pode reduzir a pressão sanguínea. A preocupação pode aumentá-la. Os bons estados mentais estimulam a circulação e ajudam a eliminação das toxinas.









Existe sobre a relação mente-corpo muitas dúvidas entre os estudiosos do assunto. Muitas pessoas pensam que se pode manter estados mentais perniciosos sem que estes afetem ao corpo, ou que se pode maltratar o corpo sem que a mente sofra as consequências. Outro conceito é o de que a mente e o corpo estão intimamente ligados numa íntima relação, em tão íntima união que o estado de um produz a correspondente transformação no outro. Um efeito físico pode chegar a refletir um efeito mental e vice-versa. As funções das partes se definindo pelo conjunto.



De acordo com esse conceito todas as partes do homem se acham unidas como uma malha, as funções de uma parte afetando todas as demais. A mente não pode pensar ou sentir em suas diferentes formas sem afetar o corpo, como conjunto. Igualmente, um indivíduo não pode dispor da sua mente como se fosse uma unidade independente.

Certas pessoas adoecem, vão ao médico e o facultativo [isto é, o médico]* depois de minucioso exame, constata que não existe enfermidade física alguma. E não há a menor dúvida de que tais pessoas estejam sentindo dores. A origem é mental. Uma ideia firmemente arraigada, posta no foco da atenção e em uma única direção, produzirá automaticamente seu correspondente efeito sobre o corpo. Uma mente influenciada por uma sugestão mórbida pode convencer, através do medo, que a pessoa está doente. Por outro lado, uma sugestão sã revigora o coração e regula o seu funcionamento e ritmo, tonificando assim, o corpo inteiro.

Também sabemos que más sugestões aumentam as enfermidades, dificultando a sua cura. Muitas pessoas se sentem melhor quando depois de um exame, o médico afirma que estão apenas resfriadas e não com pneumonia. a febre diminui quando ao doente se comunica que tem apenas uma gripe e não uma febre maligna. Durante um ataque de qualquer enfermidade a imaginação das pessoas pode alcançar enormes alturas até que o médico, reprimindo a má sugestão, dizendo ao enfermo que sua enfermidade é de caráter benigno e não encerra qualquer perigo. Compreendemos assim que a chave da maior parte dos estados mentais que afetam severamente o corpo, é a sugestão perniciosa. A mente cheia de uma ideia nociva, age, por sua vez, como um estímulo criador de uma emoção que afeta o corpo. Uma vez que tal estado se apossa de nós, por meio de uma sugestão perniciosa, o alimentamos.

A ideia consciente que afeta o corpo em maior grau é a que se acha situada no centro da mentalidade. A tranquilidade mental pode reduzir a pressão sanguínea, a preocupação pode aumentá-la. Os bons estados mentais estimulam a circulação e ajudam a eliminação de toxinas. Uma mente vigorosa, saudável, através da sugestão, favorece a respiração e sendo esta profunda, eliminará mais rapidamente o anidrido carbônico do corpo, proporcionando mais oxigênio para converter o alimento em energia. A pele, empalidecida por uma circulação deficiente devido à depressão mental, produz muito pouca transpiração. As pessoas deprimidas transpiram deficientemente, pois a depressão mantém as toxinas presas ao corpo.

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Uma sugestão feliz alija nossa mente do corpo, este se convertendo num elemento que executa ordens da mente. Deixou de ser um estorvo. Do estudo do fenômeno da sugestão concluímos que quando um pensamento mau se assenta em nossa mente, o corpo se torna um problema. Quando, pelo contrário, um pensamento agradável predomina, é um bem.

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Todos já experimentamos a expressão física de influência desagradáveis e prejudiciais. O medo proporciona um exemplo: o coração bate rapidamente parecendo querer saltar pela garganta; respiramos mal e sentimos frio. Depois nos sentimos esgotados. Quando um animal se encontra em situações que lhe produzem temor, uma substância que paralisa a digestão penetra na sua corrente sanguínea. O mesmo pode acontecer a um ser humano.

A ansiedade e a inquietação trazem náuseas e desordens estomacais. O remédio é a paz mental e a libertação da ansiedade. Muitas pessoas se queixam de cansaço constante e tomam remédios para isso. Não compreendem que esse cansaço é apenas o reflexo no corpo de uma luta mental, não resolvida satisfatoriamente.

A cólera é outra emoção que provoca sensações de esgotamento. [...] Se vivemos em um meio que nos põe em contato com pessoas que não apreciamos ou como objetos que nos causam repulsa, sentimo-nos desgostosos e propensos a uma úlcera gástrica. O excessivo trabalho mental é mais pernicioso do que o mais excessivo trabalho físico. Sentimo-nos inquietos e os fatos mais comuns nos irritam.

O isolamento social traz como resultado um grande estreitamento da percepção externa. A separação prolongada de um lugar ou de uma pessoa amada, pode causar a perda da alegria, perda de apetite e sono.

Os sentimentos de inferioridade podem inibir a livre relação social com os nossos semelhantes. Se esses sentimentos de inadaptação se desenvolvem muito, o horizonte mental se contrai seriamente e os contatos sociais, tão fundamentais para o desenvolvimento harmônico do ser humano, se perdem.

Se a vergonha, a angústia, o ódio, a inveja, os ciúmes, atingem o centro do nosso ser, ficamos em estado de cansaço, incapacidade e desespero. O rubor da vergonha, o semblante fatigado da angústia, as expressões faciais do ódio e da inveja, são testemunhos do efeito prejudicial dessas emoções sobre o corpo. [...]

É evidente que a relação entre a mente e o corpo é muito estreita. A mente e o corpo se encontram tão estreitamente relacionados que nem sequer um só pensamento ou disposição de ânimo pode surgir sem refletir-se no organismo físico. 

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*acréscimo do redator



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